sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pra falar de tudo, nem tudo é suficiente.

  Pra dizer que sinto falta dos velhos anjos que faziam parte da minha rotina.
 Pra agradecer cada partida de bets, cada baladinha saudável e todos os banhos de rio.
 Pra pedir desculpas pela grosseria, pelo egoísmo e pelo egogigantismo.
 Pra estar aqui, independente de tudo. Dependente de você.
 Pra fugirmos pela porta dos fundos.    Esconda-se da vizinha, pule o muro.
 Empreste-me o cachecol, e o guarda-chuva preto.
 Que tal dormir na praça? No frio não deve ser tão ruim.
 Pegue o mesmo ônibus para que a companhia seja agradável, e a viagem suportável.
 Conte-me de manhã o sonho bizarro, fale dos outros – fale mal – que eu rio.
 Coma sem parar, suje a sala toda.
 Diga às loiras: que se... Dane.
 Fuja da direção. De preferência nem tenha uma.
 Molhe os espelhos, seque o pote de sabão.
 Lave as mãos. E lave bem.
 Tome sua Fluoxetina, e amanhã venha lúcida. Ou vai continuar querendo vender o vale transporte?
 Me apresente sua irmã, ou seja lá quem for.
 Jogue fora se for Laranja Bahia, fale com a Dilma e peça autógrafo ao Tony Ramos.
 Ouça Engenheiros, Bjork, Beirut e Benabar. Pesquise Ilmatecuhtli.
 Garanta sua passagem pro céu. E sua cola na recuperação.
 Tenha um Divo, dois talvez.
 Quem sabe assim, no impessoal,
 Você se torne bem mais do que imagina
 pra mim.

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