terça-feira, 26 de julho de 2011

É quase nada

    .mas é tudo que eu posso oferecer.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sujeitinho simpático,


de sorriso aberto e conversa cativante. Não poderia deixar de comentar sobre você. Tem idéia do bem que me faz?
Tudo em você impressiona, e não é pra menos.
Tua filosofia de vida me fez acreditar que o mundo ainda tem jeito, que nada é impossível o suficiente que não possa acontecer. Me fez notar que ainda há motivos pra lutar e que o silêncio, na maioria das vezes fala – e vale – mais que mil palavras.
Sabe o meu coração – aquela coisa machucada e vazia que você conheceu? Está juntando todas as forças pra tentar te fazer feliz.
Lembra daquela rosa no nosso primeiro beijo? Por incrível que pareça, continua tão linda quanto naquela tarde de sábado.
Está vendo essas linhas mal escritas? Rabisquei hoje de madrugada enquanto sentia tua respiração no meu ombro, enquanto a Lua iluminava de tão longe as duas metades dessa alma.
Eu sei que é mais uma questão de sorte, mas se depender de mim, eu vou até o fim.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

E o que ela desejava

 não era muito. Aliás, era quase nada.
   A pobre só queria alguém.
   E, se não fosse pedir demais, que esse alguém a fizesse mudar.
   Que forçasse seu coração a pedir por companhia enquanto sua mente insistia na solidão.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Socio-efêmera

Tudo tão descartável, tão leviano, leve.
Afinal, se não queremos o filho, abortamos.
Se não queremos o marido, divorciamos.
Se não queremos os velhos, praticamos eutanásia.
Ficou fácil demais nos dispensar das responsabilidades, de toda aquela convenção.
E do jeito que andam as coisas, daqui um tempo não teremos mais do que nos livrar.
Quem sabe assim, quando tudo estiver absolutamente perdido, o arrependimento bata a porta, e nossa consciência resolva abrir - em todos os sentidos.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pra falar de tudo, nem tudo é suficiente.

  Pra dizer que sinto falta dos velhos anjos que faziam parte da minha rotina.
 Pra agradecer cada partida de bets, cada baladinha saudável e todos os banhos de rio.
 Pra pedir desculpas pela grosseria, pelo egoísmo e pelo egogigantismo.
 Pra estar aqui, independente de tudo. Dependente de você.
 Pra fugirmos pela porta dos fundos.    Esconda-se da vizinha, pule o muro.
 Empreste-me o cachecol, e o guarda-chuva preto.
 Que tal dormir na praça? No frio não deve ser tão ruim.
 Pegue o mesmo ônibus para que a companhia seja agradável, e a viagem suportável.
 Conte-me de manhã o sonho bizarro, fale dos outros – fale mal – que eu rio.
 Coma sem parar, suje a sala toda.
 Diga às loiras: que se... Dane.
 Fuja da direção. De preferência nem tenha uma.
 Molhe os espelhos, seque o pote de sabão.
 Lave as mãos. E lave bem.
 Tome sua Fluoxetina, e amanhã venha lúcida. Ou vai continuar querendo vender o vale transporte?
 Me apresente sua irmã, ou seja lá quem for.
 Jogue fora se for Laranja Bahia, fale com a Dilma e peça autógrafo ao Tony Ramos.
 Ouça Engenheiros, Bjork, Beirut e Benabar. Pesquise Ilmatecuhtli.
 Garanta sua passagem pro céu. E sua cola na recuperação.
 Tenha um Divo, dois talvez.
 Quem sabe assim, no impessoal,
 Você se torne bem mais do que imagina
 pra mim.