quinta-feira, 28 de abril de 2011

Esqueça seus limites.

Liberte-se do seu mundo mesquinho e medíocre antes que perca aquilo de mais precioso que te deram.
Coloque sua força. Toda sua força em tudo que fizer. Depois que você morrer vai poder descansar em paz.
Lute. Sempre. Incansavelmente. Tenha uma incansável mente. Porque por mais que você faça o máximo, alguém sempre vai fazer mais. Se esforce pra ser perfeito, pra ser o melhor. E não deixe que te convençam de que é impossível. Afinal, alguém já tentou realmente?
Trabalhe. Mostre que merece o que almeja. Caso contrário, vai ser mais um que teve sonhos e não realidades.
Ofereça até seu ultimo suspiro, seu ultimo passo, seu ultimo movimento por um objetivo. No final sempre, e quando digo sempre, me refiro a todas às vezes mesmo, valerá a pena. Nada é mais satisfatório do que a certeza do sacrifício perfeito. E lembre-se: sem sacrifício não há sucesso.

Manhã como todas as outras,

ou quase. 
Um detalhe fez daquele dia diferente. O relógio no seu pulso ainda nem marcava sete da manhã quando ela ia, apressada, para mais um dia de aula. Sem premeditar, passou do lado de alguém a quem encantou. Sem saber, sem notar. E se aquela cena fosse parte de um filme, passaria em câmera lenta, ao som de Beirut, no momento em que o par romântico se cruza pela primeira vez
 Mas fez como todos os outros dias. Assistiu aula, almoçou, estudou, e então se sentou no primeiro banco confortável que achou. Mas aquele rosto ali, ao lado, como armadilha do destino, lhe era familiar, e não tirava os olhos dela. Alguns minutos, e a conversa foi inevitável.
Algumas palavras, uma cumplicidade de olhares. Cumplicidade de vida. Em tudo eram unânimes, parecidos como irmãos em pensamento. Irmãos não. Almas. Gêmeas.
Completos, ali. Durante uma hora ou menos experimentaram o que era o total preenchimento que todos buscam durante a vida toda. Mas já era noite, e os dois ainda não tinham se dado conta de que o tempo era pouco, quase nenhum. Que era a primeira e ultima vez que teriam aquilo. E foram embora, cada um pra sua casa, sem trocar números, sem trocar nomes. Só olhares, toques, um beijo no rosto e um adeus com jeito de ultimo. Agora, seu relógio marca duas da manhã e eles, como almas separadas a ferro pelo destino, sonham um com o outro. Com o dia em que, sem saber, vão se cruzar novamente. E esperam, de todo o coração, que dessa vez a vida lhes conceda algo mais que breves sensações.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A pior injustiça é a igualdade,

porque os melhores nunca foram os iguais.

É,


já vi esse sorriso antes, já senti meu coração batendo forte desse jeito. A ansiedade em te ver, a alegria em te encontrar. E isso me faz temer que a sequência toda se repita nesse ciclo vicioso.
Mas não há como desviar desse teu olhar, é impossível não querer que esse amor que você carrega –guardado tão bem a sete chaves no seu peito- seja meu também.
Eu juro que tento acreditar que vai ser diferente, mas nós sabemos a que estamos fadados.
Resta-me, ao menos, o direito de perder a razão por um tempo, esquecer as conseqüências, ignorar meus sentidos e ser feliz por enquanto.
Feliz até que a realidade destrua a imagem perfeita que fiz de você.



Insensibilidade congênita.


Ele era diferente. De tudo e de todos. Era diferente.
Mantinha sua voz constantemente dissimulada. Falava feito rei, mas vivia como escravo.
Escravo de guerra, guerra entre os dois mundos que tinha dentro de si.
Na verdade nem vivia, sobrevivia.
Tinha tudo que se pode querer, mas não pode ter o que queria.
E o que queria era sentir. Queria, mas não sentia.
Tentou com todas as forças ser o que todos queriam que ele fosse. Não foi. Para isso precisava sentir satisfação. E não conseguia.
Tentou fazer tudo que queriam que ele fizesse. Fazia tanto que chegava a fazer mais que o suficiente. Ainda assim não sentia. Nem cansaço, nem orgulho.
Tudo que queria era uma dor, um medo, uma coisinha boba que fosse. Qualquer coisa.
Nada, nunca sentia nada.
Foi parando e desistindo progressivamente, e mesmo assim não sentiu desanimo.
Finalmente decidiu que não queria mais sentir nada. Foi quando sentiu frio. Frio de morte, de solidão. Finalmente sentia. A sensação de morte foi tudo que ele pode sentir sem achar que nada sentia.