Ela mente bem.
Enquanto olhava nos olhos dele, deixou rolar uma lágrima. Esperou até que ele percebesse e abriu um sorriso. Não é o primeiro eu te amo que ela fala.
Também não é a primeira vez que ele acredita.
Se soubesse no que ela pensava naquele momento. Se conhecesse o motivo da lágrima, e o do sorriso, saberia o quanto ela era dissimulada.
E a desprezaria, provavelmente.
Ela não chorava por ter encontrado a pessoa certa, mas por a ter perdido.
Ela não ria de felicidade, era pra disfarçar. Ria pra não fazê-lo chorar.
E mentia tão bem, que acreditava em si. Mentia pra si que acreditava. E continuava.
Mentiu tanto que agora já não sabe onde foi parar a maldita verdade.
E não sabe onde diabos começou a mentira.
Não acho que isso vá mudar algum dia. Mas ela tenta. Juro que tenta.
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